No ano de 2018 estima-se que mais de 245 milhões de cristãos foram vítimas de graves perseguições por motivo de intolerância religiosa. Os dados coletados pela “Fundação Pontifícia Ajuda a Igreja que Sofre” e a ONG “Portas Abertas”, indicam significativo aumento nos casos de violências registrados no mundo todo.
O ranking considera a pressão sofrida por cristãos em sua vida cotidiana (vida privada, família, comunidade, nação e igreja), e o número de incidentes violentos.
Os números divulgados em 2020 revelam que, no ano de 2019, houve o aumento de 6% relativos aos casos de perseguição, nos mais de 50 países listados. Os dados mostram que cerca de 260 milhões de pessoas experimentaram níveis severos de perseguição. Foram 2.938 pessoas mortas por causa de sua fé em Cristo; 3.711 presos ou condenados sem julgamento; 9.488 igrejas ou propriedades cristãs atacadas.
Apesar do martírio e da perseguição fazerem parte de toda a história da cristandade, as virtudes da coragem e da resiliência são corolários de cada cristão, em virtude de sua missão apostólica.
A depredação de igrejas no Chile, os atos de intolerância na França, assim como os atentados às igrejas no Sri Lanka, as perseguições perpetradas pelo Estado Islâmico contra cristãos no Oriente Médio, ou a perseguição no continente Africano, são um claro retrato de uma violência transfronteiriça.
Apesar da existência de diversos tratados internacionais de direitos humanos, que colocam a liberdade de consciência e de crença como direito fundamental do ser humano, os obstáculos para a salvaguarda desses direitos, como as perseguições violentas por regimes totalitários, por cartéis, quadrilhas, grupos terroristas, e também por outros grupos religiosos, será um dos grandes desafios a serem superados pela humanidade nos próximos anos. Será necessária vontade política, inteligência e compaixão, para que a questão possa ser enfrentada da forma adequada.
Portanto, em se tratando de um problema universal, cabe a todos – governos locais, comunidade intranacional, organismos de proteção aos direitos humanos, e igreja – se movimentarem, no sentido de buscarem soluções através de suas estruturas, para que, enfim, a paz possa reinar.
Referencias:
https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2019-01/cristaos-oprimidos-perseguicao.html
https://www.portasabertas.org.br/lista-mundial/mapa-mundial-perseguicao