A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia no Brasil, utilizada no mercado bancário para financiamento e empréstimos de títulos públicos federais, possuindo o objetivo principal de controle da inflação e equilíbrio na atividade econômica.
A Sigla Selic é a abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia, que é um sistema utilizado pelo Banco Central do Brasil para o regular controle na emissão, compra e venda de títulos públicos federais.
A Selic é definida pelo COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central) que estabelece as metas para a taxa a ser seguida, comprando e vendendo títulos para influenciar e regular o mercado financeiro através da análise da inflação orçamentária.
Com a variação da taxa básica de juros através da taxa Selic as finanças empresariais são diretamente afetadas quanto a decisão de investimentos, sendo que quando o Banco Central aumenta essa taxa ocorre a retirada de dinheiro da economia, já que nesse cenário é preferível que as instituições bancárias mantenham o dinheiro aplicado com rendimento maior e risco menor, gerando assim uma diminuição na realização dos empréstimos bancários, e quando a inflação está em alta a movimentação econômica está em baixa o COPOM diminui a taxa Selic como forma de controlar a inflação e fazer a economia brasileira se equilibrar.
Sendo assim, a taxa Selic é fator determinante para estimular a economia e incentivar a produção e consumo quando o cenário de baixa atividade econômica é apresentado, mantendo um equilíbrio financeiro entre as instituições bancárias e os consumidores.
Com a decretação da pandemia do novo coronavírus no Brasil a crise econômica que já vinha apresentando sinais de crescimento alavancou ainda mais a sua queda, já que diversos consumidores perderam o seu emprego, se mantendo apenas com benefícios governamentais, com foco em sua subsistência própria e de sua família; e diversas empresas decretaram a sua recuperação judicial e até mesmo a falência, uma vez que os proveitos econômicos deixaram de saldar positivo, restando apenas as diversas despesas.
Desta feita, com a cristalina recessão econômica global, foi necessário que o Banco Central reduzisse a taxa Selic, como forma de reequilibrar e recuperar gradualmente a baixa atividade econômica, incentivando a produção e o consumo de serviços e produtos, assim como a viabilidade de realização de empréstimos financeiros para empresas através de negociações de crédito de títulos.
Inobstante isso, assim como relatado em linhas pretéritas, a crise econômica brasileira já se apresentava de forma considerável antes mesmo da decretação da pandemia mundial, e com ela nos encontramos em uma recessão global, sendo que a redução da taxa Selic pelo Banco Central, com o objetivo de reequilíbrio, não ocorrerá de forma imediata, já que enfrentaremos um processo longo e gradual de normalização econômica.
Diante disto, um dos maiores impactos da redução da taxa Selic para as empresas é a viabilização de empréstimos e financiamentos bancários para investimentos nas produções e serviços, bem como a manutenção econômica do próprio negócio empresarial, seja pela continuidade dos vínculos empregatícios; seja pelo aumentando a circulação de dinheiro; seja pelo poder de consumo das pessoas, aquecendo assim a economia neste cenário triste e frio de pandemia mundial.
Por fim, com a constante alteração na economia, não só brasileira, como mundial, é necessário que as empresas tenham conhecimento e planejamento da situação financeira atual e futura, para a rápida e efetiva adaptação ao ambiente econômico.
Autor(a)
Andressa Miranda Alves Pinto – Advogada; especialista em direito do trabalho e processo trabalho; mestranda em administração.
